Quando compreendemos que corrigir é uma forma de amar, vivemos com mais leveza e disposição a correção fraterna. “Jesus disse aos seus discípulos: ‘Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, à sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão.’” (Mt 18,15)
Jesus, com suas palavras, nos dá exemplo de compreensão e firmeza, sensatez e liberdade, pois, em qualquer grupo, a correção fraterna se torna difícil. Talvez seja uma das atitudes que mais nos custa viver com maturidade. Mas a correção se torna simples quando brota do carinho e da humildade, quando está permeada pelo amor e pela misericórdia. Esta correção busca, a partir do coração, não humilhar, mas sustentar o irmão em suas dificuldades.
O ponto-chave da correção fraterna proposta pelo Evangelho é ganhar o irmão. Jesus buscou salvar sempre o que estava perdido. A finalidade de sua vida não foi a de condenar ou castigar, mas ganhar o irmão, encontrar a ovelha perdida, acolher o filho perdido, receber no Reino o bom ladrão.
Corrigir é uma forma de amar!
A correção fraterna é gesto humilde que não humilha, pois é discreto e silencioso. A correção fraterna não faz barulho; por isso Jesus convida a corrigir a sós com o ofensor e só em último caso, recorrer à comunidade. A correção com amor nasce de um coração formado pela Misericórdia divina e se manifesta externamente com uma atitude mansa. Esse amor é uma força poderosa, capaz de devolver ao outro a esperança.
A correção fraterna é uma forma de amar, de colocar-se diante do outro e de sua fraqueza, mas que não se realiza exclusivamente depois da queda; antes, pode, às vezes, agir de forma preventiva, porque é um estilo de bondade, compreensão e magnanimidade. Devemos corrigir com a consciência de que somos pecadores, não como justos.
Corrigir é uma forma de amar!
Franciane Braz
Comunidade Canção Nova