Viver Deus no cotidiano tem consigo viver não das coisas complexas e imensas, mas na simplicidade de ver Deus na beleza do dia, no gesto caridoso, no sorriso ou em simplesmente estarmos vivos. Sim, isso é viver Deus no cotidiano.
São Josemaria Escrivá, um santo dos nossos tempos, porque muitos tiveram a chance de conviver com ele ou saber de sua vida, com humanidade, mas santidade, nos ensinou muito a viver Deus no cotidiano. De fato, ele sempre esteve convencido de que, para quem vive sob a óptica da fé, tudo é ocasião de um encontro com Deus. Numa homilia de 1957, São Josemaria dizia: “Desde há quase trinta anos, Deus colocou no meu coração o anseio de fazer compreender a pessoas de qualquer estado de vida, de qualquer condição ou ofício, esta doutrina: que a vida cotidiana pode ser santa e cheia de Deus, que o Senhor nos chama a santificar a tarefa ordinária, porque aí também se acha a perfeição cristã”. Ele, de forma simples, mas não menos profunda, trouxe-nos a importância de vermos a Deus no cotidiano.
Viver Deus no cotidiano
É belíssimo perceber que, na simplicidade, podemos perceber num dia, que é aparentemente comum, a alegria de estarmos vivendo o simples nas pequenas e diárias coisas. E isso é lindo. Aprender a reconhecer que, a cada dia, vivemos o extraordinário na vida nos leva a perceber que a santidade é simples, vive-se naquele que faz com amor a comida aos seus filhos, no que atende com respeito um cliente na empresa, na empregada doméstica que cuida de detalhes no lugar onde trabalha, no tratamento digno e respeitoso que damos ao outro.
Não importa quem seja nem o cargo que ocupe. Viver Deus no cotidiano não é uma exclusividade dos santos, dos religiosos, dos padres e missionários; isso pode ser vivido por mim e por você da forma mais discreta, simples e possível.
Parece muito mais fácil reclamar das dificuldades da vida e tornar isso um hábito; parece fácil não notar a beleza da atenção dada por alguém que trabalha conosco, parece fácil não perceber que uma palavra amiga é viver Deus no cotidiano.
Viver com sentido
Viver com sentido passa também pela possibilidade de nos enxergarmos nos ambientes comuns, como homens comuns, vivendo coisas simples, preenchidas por Deus. Nenhum de nós, como reforça Escrivá, será “arrancado do seu ambiente, retirado do mundo e do seu estado de vida, das suas ambições humanas nobres nem do seu trabalho profissional”, e nessas pequenas belezas que vivemos a cada dia, convidados a encontrar e reconhecê-Lo nas pequenas e grandes coisas da vida!
Viver Deus no cotidiano é uma proposta acessível a cada um de nós em particular. “O coração contente alegra o semblante; o coração triste deprime o espírito” (Prov 15,13).
Excelente semana e um abraço fraterno!
Elaine Ribeiro, psicóloga
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