Detestar o que ofende a Deus faz parte de uma condição da oração que têm sido meditada ao longo das sextas-feiras. Essa é nossa proposta de hoje.
Detestar o que ofende a Deus
Essa é uma atitude primordial no combate da oração, sendo a oração um encontro pessoal, um diálogo entre duas pessoas que se amam, uma comunhão de amor. Fica claro que deve ser detestado tudo que rompe essa comunhão, ou mesmo tudo aquilo que atrapalhe essa união entre ambos.
Talvez você se pergunte: Mas o que ofende a Deus? O Catecismo da Igreja Católica nos ajuda a responder quando explica que o que ofende a Deus é o pecado. O pecado é uma negação do amor que Deus tem por nós e afasta d’Ele os nossos corações. É ainda, uma desobediência, uma revolta contra Deus, é “uma palavra, um ato ou um desejo contrários à Lei eterna” (CIC, 1849-1850).
Olhar a gravidade e a fatalidade do pecado; a morte, por si só já é motivo suficiente para se detestar tudo o que ofende a Deus (cf. Rom 6, 23; 8, 13). O drama do pecado e da morte é tão extenso que atinge a todos. Entretanto, o Salmista nos diz que o Senhor ama quem detesta o mal (Sl 97,11). Deus nunca deseja a morte, nem sente prazer na destruição. A morte e o pecado entraram no mundo por sedução do Maligno e por livre decisão do homem. (cf. Gen 3).
Não podemos esquecer que aquilo que ofende a Deus atinge também o próximo. Paulo apóstolo ao tratar da vida comunitária, a qual exige a caridade fraterna, fala desse princípio básico da oração que é detestar o mal e apegar-se ao bem (cf. Rom 12,9). Para vivê-lo é preciso ouvir o apelo do Senhor: “convertei-vos e crede no Evangelho.” De fato, detestar o que ofende a Deus exige conversão e decisão pela vida nova em Cristo e amor aos irmãos.
O fruto de uma nobre decisão
Veja, a atitude de detestar o que ofende a Deus é fruto de uma nobre decisão do coração que dá consentimento ao Espírito Santo para agir em seu interior. O Espírito é a força que faz resistir até o sangue no combate contra o pecado (cf. Heb 12,4). Jesus prometeu que será o Espírito da Verdade que realizará a obra de convencer o mundo quanto ao pecado. E é o mesmo Espírito consolador que dá o arrependimento, capacita ao amor à Deus e ao próximo; enfim, dá a vida nova. (cf. Jo 16, 8-9).
Peçamos o auxílio de Nossa Senhora Auxiliadora, preservada do pecado e da corrupção da morte, o dom do Espírito! Ele dará as condições necessárias da oração que faz detestar o que ofende a Deus; e assim, colher o fruto da vida eterna. Oremos: vem Espírito Santo!
Abraço fraterno, de sua irmã em Cristo!
Rosa Cruvinel
Comunidade Canção Nova