O choro dos próprios pecados é uma graça que não podemos desperdiçar, pois, aquele que as derrama, o faz porque ama a Deus, mesmo na sua imperfeição.
Quando nos arrependemos por termos pecado, devemos procurar o sacramento da confissão; e lá acusar-nos dos erros que cometemos diante do Justo Juiz. No entanto, nem sempre esse arrependimento gera em nós uma profunda contrição ou um movimento interior de humilde piedade e reconhecimento do quão miseráveis somos.
“Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. “Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e, perdendo uma delas, não acende a lâmpada, varre a casa e a busca diligentemente, até encontrá-la? E tendo-a encontrado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Regozijai-vos comigo, achei a dracma que tinha perdido. Digo-vos que haverá júbilo entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrepende.” (Lc 15, 7-10)
Quando, no entanto, isso acontece em nosso interior, já saímos do confessionário capazes de restabelecer metas de uma correção de atitudes que nos levaram a queda.
O choro dos próprios pecados
E se quando fizermos nosso exame de consciência, formos iluminados de tal maneira pela graça de de Deus, a ponto do nosso interior encontrar a verdade da gravidade da ofensa que cometemos com o grande Amor de nossa vida? Conteríamos as lágrimas de nosso profundo arrependimento? Não lágrimas de remorso, como se elas pudessem, por mais que fossem derramadas, reverter o que fizemos, e sim lágrimas de profunda gratidão, pois, apesar de tão grande mal, o Senhor tudo apagou com seu amor misericordioso!
Quando essa graça lhe alcançar, chore os próprios pecados, pois essas lágrimas molharão a terra seca de sua alma e a farão fértil novamente.
“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas, se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará.” (Mt 6, 14)
Deus abençoe você!
Jarles Pereira
Comunidade Canção Nova