O nascimento para a vida eterna
No projeto de Deus, a morte é o nascimento para a vida eterna.
A Igreja peregrina na Terra celebrou, ontem, a glória da Igreja celeste, invocando a intercessão dos santos; hoje, reúne-se em oração a fim de sufragar os seus filhos que, passada esta vida, são purificados, e nisto consiste a nossa esperança.
“Os que são fiéis habitarão com o Senhor no amor” (Sab 3,9).
Todos os que são de Cristo estão unidos numa só Igreja
A Igreja consta de três etapas: os bem-aventurados, que já gozam da visão de Deus; os defuntos, que precisam de purificação, e por esta razão ainda não foram admitidos na glória; e os que peregrinam na terra suportando as provações da vida presente. Todos os que são de Cristo estão unidos numa só Igreja e não devem temer a morte.
“Oh morte, eu não sei quem pode temê-la, já que por ti, a vida se abre para nós”, reza São Padre Pio de Pieltrecina.
Os santos nos estimulam com seu exemplo
Os santos intercedem pelos que ainda lutam na terra, e estimula-nos com seu exemplo, apressando a glória eterna aos irmãos que partiram na esperança da Ressurreição e esperam sua entrada no Céu.
É a comunhão dos santos em ação: os santos do céu, do purgatório ou da terra, mas todos santos, ainda que em grau muito diferente, pela graça de Cristo, que os vivifica e na qual todos nós estamos unidos.
O nascimento para a vida
Hoje é dia propício para colocarmos em prática a esperança, pois “… a esperança não decepciona” (Rm 5,5). A luz dessa consoladora realidade, a morte, não aparece mais como nossa destruição, mas como uma passagem e um nascimento para a vida verdadeira, a vida eterna.
“Por isso, estamos sempre cheios de confiança. Sabemos que todo o tempo que passamos no corpo é um exílio longe do Senhor. Andamos na fé e não na visão. Estamos, repito, cheios de confiança, preferindo ausentar-nos deste corpo para ir habitar junto do Senhor. É também por isso que, vivos ou mortos, nos esforçamos por agradar-lhe” (2 Cor 5,6-8).
Considerando que a morte é, no projeto de Deus, o nascimento para a vida eterna, coloquemos nosso coração no Senhor e oremos uns pelos outros, sobretudo, ofereçamos sufrágios pelos nossos mortos, porque “é um pensamento santo e piedoso rezar pelos mortos para que sejam livres dos seus pecados” (2 Mac 12,46).
As obras de misericórdia
Por fim, saibamos que as obras de misericórdia comunicam graças a quem as exerce. Oferecer sufrágios, ou seja, os atos piedosos que realizamos em favor dos defuntos, é, de fato, uma obra de misericórdia que agrada o coração de Deus.
Deus abençoe você!
Maria Rosângela Pereira
Comunidade Canção Nova