Como é sua casa para seus filhos? Muitas vezes, nos preocupamos com a estrutura que oferecemos para nossos filhos, a casa física, que, claro, é importante, mas mais importante que a estrutura em si é estarmos atentos a um aspecto: tanto você quanto as pessoas que estão em sua casa e a frequentam formam o ambiente em que seus filhos estão inseridos.
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Por esse motivo é sim importante que saibamos quem circula em nosso ambiente familiar e quem faz parte dele. É a partir das relações estabelecidas com esse círculo de pessoas – pais, amigos, parentes, empregados e todos aqueles que aí frequentam – que podemos também pensar em como as emoções e os relacionamentos das crianças se estabelecem.
Como é sua casa para seus filhos?
Como nos comportamos nessas relações? Qual a base de afeto estabelecida entre as pessoas? Como nos tratamos e como nos comunicamos? Com agressividade, com dúvida, com respeito ou com a falta dele? Como aplicamos a raiva que sentimos? Como valorizamos ou deixamos de valorizar o outro?
Parece um pensamento muito simplista, mas não é: crianças também modelam seus comportamentos e regulam suas emoções a partir daquilo que elas veem dentro de casa. Essas relações familiares influenciam diretamente o desenvolvimento da personalidade e da saúde mental de uma criança.
Por vezes, pensamos que crianças, mesmo que ainda não compreendam nossa fala, não estejam entendendo o que se passa num ambiente desestruturado por brigas e desafetos. Mas não! Ela percebe a reação dos pais, o ambiente irritado e tantas outras nuances não-verbais e afetivas. Portanto, podemos pensar que a presença do amor e afeto é o melhor meio para o desenvolvimento de uma criança, assim como diz a passagem: “Acima de tudo, porém, revistam-se de amor, que é o elo perfeito” (Cl 3,14).
Todo esforço para um ambiente benéfico ao desenvolvimento saudável e seguro é valioso
Todos os ambientes frequentados por uma criança são importantes, portanto, faz sentido observá-los e torná-los os melhores possíveis para você e seus filhos. Sabemos que não existe perfeição, mas todo esforço para um ambiente benéfico ao desenvolvimento saudável e seguro é válido.
Mais do que oferecer “coisas”, ofereça segurança, apoio, espaço de escuta e afeto; faça, dentro do possível, as escolhas saudáveis para os pequenos, e favoreçam um espaço de acolhimento e preservação da beleza da vida e da beleza que uma criança traz consigo.
Um abraço fraterno!
Elaine Ribeiro
Psicóloga
