Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal (cf. Mt 6,11). Esse trecho oriundo da oração que nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou, o Pai-Nosso, revela a necessária compreensão que devemos ter da fragilidade humana e do quanto somos dependentes da proteção divina contra as forças malignas que constantemente nos rodeiam.
Buscar refúgio em Seu cuidado
Ao analisar a essência dessa petição, somos agraciados com a sabedoria e o amor do Pai Celestial, que nos alerta sobre a existência das tentações e nos exorta a buscar refúgio em Seu cuidado. A Sagrada Escritura nos ensina que somos seres humanos suscetíveis a ser atraídos por desejos e influências que nos afastam da vontade de Deus.
A referência bíblica encontrada no Evangelho de São Mateus 26,41 nos traz uma luz especial sobre o tema: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”.
Essas palavras de Jesus foram proferidas durante um momento de grande angústia, quando Ele se preparava para enfrentar Sua própria crucificação. Ao instruir Seus discípulos a vigiar e orar, Jesus nos mostra a importância de buscarmos força e amparo espiritual, reconhecendo a fraqueza inerente à nossa natureza humana.
Através da oração buscamos a fortaleza divina
É vital compreender que o pedido para não cair em tentação não é um sinal de fraqueza, mas um ato de humildade e reconhecimento de nossa dependência de Deus. Através da oração, buscamos a fortaleza divina para enfrentar as batalhas espirituais que nos cercam e para resistir às tentações que tentam nos desviar do caminho da retidão.
De igual modo, quando clamamos para sermos livrados do mal, expressamos nosso anseio por proteção e libertação da influência nefasta das potestades das trevas. Essa petição enfatiza nossa necessidade de buscar orientação e abrigo sob as asas protetoras de Deus.
Não nos deixeis cair em tentação
Em nosso mundo repleto de maldade, é fundamental cultivar uma postura de vigilância constante e renovar nossa fé através da oração. Devemos estar alertas aos perigos que nos cercam, como armadilhas dissimuladas, escolhas equivocadas e influências malignas que obscurecem nossa visão.
Portanto, que a oração constante e a consciência da fragilidade humana nos auxiliem na busca de uma intimidade com Deus, de forma que vivamos em justiça, integridade e santidade, permitindo que sejamos livres do mal, conforme imploramos humildemente: “Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.
Seu irmão,
Jonatas Passos