Lidando com o novo no ordinário da vida, construímos nosso porto seguro chamado rotina. Os processos e os hábitos que temos, a segurança de repetir os resultados esperados diante do previsível e planejável.
Crédito: OlyaKomarova by GettyImages
Assim nos portamos, situados no tempo e espaço, no hoje. Entretanto, quão frágil é essa segurança, tal qual um castelo de cartas, onde a retirada de uma única carta pode ocasionar a reação em cadeia que fará desmoronar as demais.
Lidando com o novo
A mudança gera consigo uma alteração na nossa percepção, faz-nos notar coisas que até então deixávamos passar despercebidas; é certo que traz consigo oportunidades, contudo ao preço do desconforto, pois tudo aquilo que é movido de lugar, fazendo uma analogia física, tem que reacomodar a sua massa até que se estabilize. Assim também é a rotina, que, quando alterada, gera o desconforto da adaptação.
O desconforto da mudança
Como você encara as mudanças em sua vida? Sente-se deslocado e desconfortável? Levado a um estado ansioso de palpitações? Antes que alguém possa sentir-se culpado ou constrangido, é natural o desconforto, como dito anteriormente, a novidade traz consigo uma adaptação. O cerne da questão não é o desconforto, mas sim a maneira como cada um se dispõe a lidar com ele.
O perigo da autossabotagem
O grande perigo ao deparar-se com o desconforto é a autossabotagem, usualmente enraizada no sentimento de autocomiseração que pode ser cultivado por todo aquele que se depara com uma mudança inevitável.
Julgando-se incapaz, o indivíduo pode entregar-se ao “coitadismo”, abrindo mão de todos os benefícios que podem advir da mudança, transmutando apenas em sentimentos ruins e atitudes negativas todo o processo da mudança. Dessa forma, pode o indivíduo, num fracassado ato de “nadar contra a correnteza”, tornar ainda mais incômoda a mudança.
Olhai os lírios do campo
Diante da mudança, temos a oportunidade de fazer de nossas vidas o testemunho vivo na providência de Deus. Recordemo-nos pois do ensinamento de nosso Senhor Jesus Cristo, como é descrito no Evangelho de Mateus (Mt 6,28-29), ao convidar seus ouvintes a olhar para os lírios do campo e as aves dos céus, desafiando-os a não viverem uma vida de preocupação com o amanhã, de igual forma temos o ensejo para perceber que a graça de Deus se manifesta em todos os movimentos de nossa vida.
A rotina lhe é confortável? Pois bem, é tempo de se adaptar às novas circunstâncias, fazendo com que o desconforto não seja apenas um incômodo, mas o impulso para que aprendamos a viver o novo.
Que a novidade do Espírito Santo conduza você nesse tempo favorável!
Seu irmão,
Jonatas Passos
