Esforço recompensador

Vamos tratar hoje do esforço recompensador. O mundo tem treinado as pessoas a serem “refinadas”, em que as facilidades são inúmeras e transformam os seres humanos “cansados” e “desanimados”. Por que não dizer “molengas”? Quando se precisa pegar no pesado, sempre tem reclamação.

Esforço recompensador

arquivo/cancaonova.com

Colocar em prática a ordem do Senhor, no esforço recompensador

Olha o carro novo, você nem precisa mais girar a manivela para abrir o vidro. É só apertar um botão e pronto. Não precisamos mais apertar parafusos com uma chave manual. As parafusadeiras eletrônicas fazem todo o esforço por nós. E, se o mundo deixa tudo fácil, corre-se o risco de se tornar cansado, desanimado e molenga na fé, no crer em Deus, na recompensa do esforço físico e espiritual. E como colocar em prática essa ordem do Senhor?

“… Esforçai-vos quanto possível, por unir à vossa fé a virtude, à virtude a ciência, à ciência a temperança, à temperança a paciência, à paciência a piedade, à piedade o amor fraterno, e ao amor fraterno a caridade” (IIPd 1, 5-7).   

A promessa de Deus, na mesma carta de São Pedro, é: “Se estas virtudes se acharem em vós abundantemente, elas não vos deixarão inativos nem infrutuosos no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo” (IIPd 1,8).

A Sagrada Escritura provoca uma avaliação sincera que o leva a constatar se tornou-se “molenga”, como o mundo prega, ou se está decidido a ser virtuoso, como o Senhor precisa que seja. Onde estão concentrados seus esforços é realmente recompensador?

Em busca das virtudes

Antes de mais nada, é preciso ter fé — só posso afirmar que tenho realmente fé, se acredito sempre no Senhor, na sua onisciência, onipresença e onipotência.

Ter virtude – Não posso ser uma mentira, no que faço, no que digo, no que aceito ou no que sou.

Ter ciência – Não posso permitir que as pessoas pensem por mim e, com isso, aceite qualquer ideologia política ou religiosa, que contradizem o que um homem de Deus decidiu ser.

Ter temperança – Não posso desistir do que Deus quer de mim!

Ter paciência – Mesmo que, às vezes, doa, preciso sofrer as demoras sem desanimar.

Ter piedade – Não posso pensar só em mim, mas também no outro.

Ter amor fraterno – Amar sem fita métrica, ou seja, amar sem medidas.

Ter caridade – Só consigo ser caridoso se enxergo e ajudo a quem precisa e, muitas vezes, trafega na frente dos meus olhos.

Quando me decido pelo Senhor, colocando em prática tudo isso, irei sim dar passos concretos e vitoriosos em meu processo de cura interior e de salvação eterna. E, se você está achando difícil, o Senhor nunca disse que seria fácil segui-Lo. Mas acredite: maior dificuldade será para todos nós, se deixarmos tudo isso de lado e vivermos com os requintes e refinos do mundo, rumo a um abismo sem volta.

Deus abençoe!
Wallace Andrade

Comunidade Canção Nova

 

Wallace Andrade