A Paixão dolorosa do Senhor

A liturgia da Sexta-feira Santa é uma comovedora contemplação do mistério da Cruz e tem por finalidade fazer reviver em nós a Paixão dolorosa do Senhor.

A Paixão dolorosa do Senhor

Créditos by Getty Images Pleasureofart.

O profeta Isaías particulariza a causa de tanto sofrimento: “Fois trespassado por causa das nossas culpas e esmagado devido as nossas faltas”, e indica também o seu valor expiatório: “O castigo que nos salva caiu sobre ele, e por causa das suas chagas é que fomos curados”. (Is 53,5) 

A voluntariedade do sacrifício

Nem sequer falta a alusão ao sentido de repulsa por parte de Deus, mas, sobretudo, aparece mais evidente a voluntariedade do sacrifício; voluntariamente, o Servo de Javé entregou a sua vida como sacrifício de expiação.

Livremente deixa-Se levar à morte. Ele que tinha dito: “Ninguém me tira a vida. Sou eu que a dou por mim mesmo”.  (cf Jo 10,18)   

A Paixão dolorosa do Senhor

A cruz de Cristo encontra-se no centro da salvação. Ele vem para nos salvar, não com triunfos terrenos, mas com o sacrifício de Si mesmo. É este precisamente o caminho que queremos percorrer para sermos “salvos e salvadores”.

É a prova da sua vida terrena, principalmente da Sua Paixão pela qual experimentou na Sua própria carne inocente todas as amarguras, os sofrimentos, as angústias, as fraquezas, a natureza humana. Ao mesmo tempo, Ele é Sacerdote e Vítima, e não oferece, para expiação dos pecados dos homens, sangue de “touros e de cordeiros”, mas o Seu próprio sangue.

Obedecer à vontade do Pai, assim como Jesus

Obedecendo à vontade do Pai, Jesus entrega-Se à morte e, após ter saboreado todas as Suas amarguras, vê-Se livre delas pela ressurreição, “tornando-Se para todos aqueles que lhe obedecem causa de salvação eterna”.

Obedecer a Cristo, Sacerdote e Vítima, significa aceitar, como Ele aceitou, a cruz em total abandono à vontade do Pai: “Pai, nas Vossas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46).

A morte de Cristo seguiu-se imediatamente a Sua glorificação

Hoje, a Igreja segue o mesmo itinerário e, após ter chorado a morte do Salvador, prorrompe num hino de louvor e prostra-se em adoração: Adoramos, Senhor, a Vossa cruz e louvamos e glorificamos a Vossa santa Ressurreição. Pelo madeiro, chegou a alegria para o mundo inteiro!   

Nós vos adoramos, Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz  remistes o mundo. 

Maria Rosângela Pereira
Comunidade Canção Nova

 

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

Maria Rosangela Pereira